Hoje foi publicada no Diário de Aveiro a minha entrevista, ainda na sequência do Vernissage Movimento AveiroModa.
Uma conquista no meu percurso da moda!
Uma conquista no meu percurso da moda!
A notícia
Anabela Quinta - Estilista
a entrevista
1- Qual foi seu primeiro contato com o mundo da
moda? Como conheceu o universo fashion?
Desde muito nova, talvez pelos 15 ou 16 anos, quando comecei a comprar
revistas que ensinavam a fazer roupa. Era uma revista estrangeira mas com o
suplemento ilustrativo todo em português. Assim aos poucos fui fazendo as
minhas peças favoritas que diferenciavam a minha forma de vestir relativamente
a outras adolescentes.
O “bichinho” da moda sempre existiu em mim mas só há cerca de 5 anos o
tenho desenvolvido com mais intensidade já que agora me dedico inteiramente a
esta arte e paixão.
2- No processo criativo de moda, quais as principais
referências? É possível criar novos paradigmas?
Para mim o mais
importante é fazer uma roupa com a qual me sinta bem, tanto física como
psicologicamente. Creio que a maioria das pessoas aprecia esse facto
independentemente de se seguir uma moda ou uma tendência. O conforto e a
praticidade são referências que tenho
sempre em conta no processo de realização de peças que possam interessar a
alguém.
É possível criar novos
paradigmas sim, mas todos eles são inspirados em algo que já existe e que nos
serve de referência. Criar na realidade um novo paradigma é utópico no mundo em
que vivemos, porque se tornaria inviável e inacessível para o cliente comum usar.
A realidade de hoje permite-nos criar mas sempre condicionados ao cliente que
temos na nossa frente.
3- O que você leva em consideração na hora de criar uma coleção? E o
que mais te inspira na hora de criar peças novas?
Criar uma
colecção é uma grande responsabilidade e uma incógnita porque não sei se vou ter
depois aceitação das minhas criações. Tenho que ter em consideração muita coisa
como por exemplo os modelos que criei
será que vão agradar? Os modelos são confortáveis? Os tecidos, as cores
escolhidas serão do agrado das pessoas? O custo dos materiais escolhidos são compatíveis
com o poder de compra? São peças práticas para o dia-a-dia ou mais um estilo de
festa?
É estimulante
fazer duma colecção um show visual mas é preciso ter em conta que realizá-la
trás um custo alto que necessariamente
tem que nos dar um retorno para podermos continuar a investir na moda.
Sou muito
emotiva e as coisas mais comuns servem de inspiração como por exemplo, observar
tudo à minha volta, desde as pessoas, a arquitectura, o céu, o mar, os
pássaros, os tecidos, as cores … enfim, tanta coisa! Depende sempre do momento
e do meu estado de espírito.
4- Tem algum estilista favorito, que te
serviu/sirva de inspiração ou mesmo de referência?
Gosto muito de formas que realcem a beleza da mulher, seja alta, baixa,
elegante ou menos elegante. A versatilidade dum estilista vê-se nesse momento
tornando-a sempre mais atractiva e bela. Aprecio bastante o estilo de Giorgio Armani e Carolina Herrera
entre os estrangeiros e Luis Buchinho e Carlos Gil nos nacionais, entre outros.
5-
Como você
vê a questão da identidade?
Cada estilista tem uma identidade
específica, a sua forma de mostrar aos outros, a sua própria tendência e gosto
no mundo da moda. Não sou excepção e como tal procuro sempre dar um toque
romântico nas minhas peças, seja no
modelo criado, seja em algum pormenor que realce a diferença, como uma fita, um
laço, um tecido que contraste ou um apontamento artesanal como o croché ou
tricô.
6-
Existe alguma pessoa em especial, que você gostaria de criar
algo?
Particularmente
não. Todas as pessoas são atractivas para poder vestir. Mas gostaria muito de
poder criar sem qualquer limite ou condicionante … e isso é difícil porque o
cliente tem sempre uma ideia do que quer ou não quer.
7-
Qual foi seu primeiro trabalho como estilista? E como foi desenvolvê-lo?
Quando se recebe um pedido para fazer algo e nem sequer se conhece fisicamente
a pessoa é muito complicado …. Mas a 1ª encomenda que recebi foi assim.
Enviaram-me as medidas para fazer umas calças e na hora de entregar coincidiu
ir a Lisboa e marquei encontro para conhecer a cliente, que ficou expectante de
chegar em casa e ver como lhe ficariam. De regresso a Aveiro vibrei com a sua
resposta e apreciação dizendo que as calças serviam que nem uma luva. Foi um
grande estímulo!
Gostaria
de divulgar que o meu trabalho assenta numa vertente de personalização, criando
e realizando peças únicas e à medida de cada cliente, desde os mais pequeninos
até idade adulta.
Vejo a
moda como uma forma de expressar sentimentos e vivências e por isso cada
trabalho é precioso, seja um novo trabalho ou uma recuperação/transformação.
Para quem quer seguir o meu
trabalho mais de perto pode fazê-lo através do Facebook em Anabela Quinta
Estilista e colocar um “Gosto” na página, ou enviar e-mail para: geral@anabelaquinta.com para algum pedido de
informação/encomenda.